Boletim Informativo Global #88

O Protesto Pacífico Vence!

Friday, May 10, 2024 by Extinction Rebellion

Os Red Rebel celebram um bloqueio Belga no parlamento da UE. Foto: Pieter Geens

Nesta edição: Vitórias de Abril! | Bloqueio em Bruxelas | Deixem o Lago Vitoria respirar!

Cara rebelde,

Quando um pequeno grupo de estudantes armou tendas na Universidade de Columbia, em Nova Iorque, para protestar pacificamente contra o genocídio de Israel em Gaza, ninguém poderia prever que iria desencadear um movimento mundial.

Mas então o Presidente da Universidade decidiu chamar a tropa de choque, 100 estudantes foram brutalmente presos e a indignação levou ao surgimento de campos de solidariedade nos campos em toda a América e depois no mundo.

Durante semanas, estudantes Americanos enfrentaram a violência policial, meios de comunicação hostis, multidões fascistas e condenação política. Mais de 2000 foram presos. Mas continuaram desafiadores e, no seu desafio, fizeram com que os líderes mundiais parecessem fracos, os meios de comunicação ocidentais parecessem perturbados e galvanizaram a causa Palestiniana em todo o lado. Eles provaram enfaticamente que o protesto pacífico pode mudar o mundo.

Um estudante manifestante não-violento é preso pela polícia de choque de Los Angeles. Foto: Eric Kelly

Nesta edição, sublinhamos o poder do protesto pacífico, destacando algumas vitórias surpreendentes dos eco-ativistas no último mês. Desde o desinvestimento empresarial até decisões judiciais históricas e concessões políticas, o mês de Abril foi repleto de vitórias em matéria de acção climática, e podes descobrir cerca de seis das melhores na nossa Reportagem Especial.

Em Acções em Destaque, cobrimos um bloqueio conjunto realizado por rebeldes holandeses e belgas em Bruxelas, o primeiro fruto de uma nova aliança à escala Europeia contra os subsídios aos combustíveis fósseis. Também investigamos outra aliança de ativistas na cidade queniana de Kisumu, onde os manifestantes lutam para preservar a vida na sua fonte de água local, o Lago Vitória.

Uma aliança de jovens activistas está a criar ondas junto ao Lago Vitória, no Quénia.

Quando este boletim foi escrito, existiam 151 acampamentos pró-Palestina em campos universitários nos Estados Unidos, Canadá, México, Argentina, Irlanda, Reino Unido, França, Espanha, Alemanha, Turquia, Tunísia, Austrália e Japão. Comícios estudantis também foram realizados na Itália, Índia e Líbano. Em Israel, dois estudantes que se recusaram a servir nas forças armadas tiveram suas penas de prisão estendidas por um tribunal das FDI (Forças de Defesa de Israel). Existem jovens heróis para onde quer que olhes.

Uma nova geração está a rejeitar o horror e a hipocrisia do velho mundo e a unir-se para dar origem a um novo. Se os estudantes são o nosso futuro, então, pela primeira vez, o futuro parece brilhante.


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Conteúdo

  • Acções em destaque: Bloqueio de Bruxelas, deixem o Lago Vitória respirar novamente!
  • Reportagem Especial: 6 vitórias em Abril para nos inspirar
  • Resumo de Acções: Sérvia, Hungria, Canadá, Uganda, Reino Unido, Austrália, EUA, Espanha, Ruanda, Suécia, Itália, RDC
  • Leituras obrigatórias: Entrevista com Vincent Bevins, Podcast Vitória nos Tribunais Suíços, Revolta no Panamá, Químicos Eternos
  • Anúncios: Expulsar Poluidores de África, Apelo XR Reino Unido/América do Sul, Liquidação Total!

Acções em Destaque

Violência Policial na Acção Acabar Com os Subsídios Fósseis da UE

4 DE MAIO | Bruxelas, Bélgica

Red Rebels comemoram a chegada dos bloqueadores. Foto: Wouter van Leeuwen

Centenas de rebeldes de toda a Europa, incluindo autocarros cheios de activistas dos Países Baixos, foram sujeitos a violência policial durante um bloqueio pacífico em Bruxelas, um mês antes das eleições da UE.

270 rebeldes marcharam numa rua ao lado do Parlamento Europeu, cantando e segurando faixas contra os subsídios aos combustíveis fósseis, antes de se sentarem para bloquear a entrada de um túnel. Canhões de água foram mobilizados, mas não utilizados, e a polícia de choque cercou os manifestantes que se recusaram a sair, algemando-os com braçadeiras de plástico, carregando-os em autocarros e mantendo alguns em celas durante várias horas.

Pior ainda, um grupo de 50 activistas, que incluía famílias, crianças e idosos, tinha-se reunido numa praça pública próxima para ouvir as palestras de um membro do Parlamento Europeu e antigo relator especial da ONU. A polícia de choque também encerrou esta concentração registada, empurrando algumas pessoas para o chão e batendo-lhes com bastões.

Os rebeldes ficaram encharcados pela chuva forte e não pelos canhões de água da polícia, e usaram cadeados e cola para prolongar o bloqueio. Foto: Pieter Geens

No total, 132 rebeldes foram presos durante os protestos, organizados pela colaboração entre a XR Bélgica e a XR Países Baixos e organizada pela United for Climate Justice (UCJ), uma nova coligação europeia que envolve grupos ecológicos de 15 países diferentes e que se inspirou nos bloqueios da autoestrada A12 nos Países Baixos.

A campanha A12 galvanizou a XR Países Baixos, enchendo-a de novos voluntários e acabando por levar o parlamento holandês a propor o fim dos subsídios aos combustíveis fósseis, a principal exigência da campanha. Mas desde esse ponto alto, no ano passado, o processo político estagnou, com a "complexidade dos acordos europeus" a ser utilizada como desculpa. É por isso que a UCJ está agora a expandir a campanha para acabar com os subsídios em toda a UE.

A UE gasta mais de 405 000 000 000 euros por ano a subsidiar os combustíveis fósseis, dez vezes mais do que gasta em políticas ecológicas. Isto significa que o contribuinte médio da UE é obrigado a pagar cerca de 2000 euros por ano para destruir o planeta.

A campanha da UCJ já ganhou adeptos no seio do partido político dos Verdes europeus, e os rebeldes nos Países Baixos foram convidados a contribuir para um debate parlamentar nacional sobre o fim dos subsídios aos combustíveis fósseis, em Junho. Continua a ser grande a esperança, a de que todos os políticos europeus possam ser convencidos a deixar de financiar a destruição do planeta.

Segue a campanha Fim aos subsídios fósseis na UE.


Deixem o Lago Vitória respirar de novo!

19 ABR | Kisumu, Quénia

Uma aliança de eco-activistas sai às ruas da cidade de Kisumu, no Quénia.

Dezenas de jovens activistas marcharam pela cidade queniana de Kisumu, na margem nordeste do Lago Vitória, e exigiram que o seu governo protegesse a principal fonte de água da poluição tóxica e das ervas daninhas sufocantes.

Coordenado pelos Campeões Ambientais de Kisumu, uma organização comunitária fundada por um estudante de 18 anos, e unindo jovens activistas de vários grupos, incluindo XR, Mothers' Rebellion e Friday's For Future, o dia de acção começou com uma marcha de 10 km em volta do lago.

Os manifestantes apelaram ao governo queniano para que tomasse medidas imediatas para "deixar o Lago Vitória respirar novamente" e acabar com a poluição produzida pelos combustíveis fósseis, os resíduos de plástico e os jacintos de água invasores que estão a sufocar a vida no seu interior.

As unidades populacionais de peixe no lago estão a diminuir drasticamente devido à poluição, ao aquecimento e à acidificação, enquanto grandes quantidades de resíduos de plástico estão a conseguir entupir o maior lago tropical do mundo. Os Campeões lideraram várias limpezas de plástico do lago nos últimos meses.

As limpezas de plástico e os eventos ecológicos nas escolas tornaram-se uma presença regular em Kisumu.

Outro aspeto fundamental do dia de acção foi a educação. Os campeões têm dado palestras em escolas locais e centros comunitários sobre a forma como os combustíveis fósseis e a indústria petrolífera trazem as alterações climáticas, os resíduos de plástico e a poluição até à sua porta. Cada vez mais pessoas locais estão a aderir ao movimento ambientalista.

Apesar de contribuir com muito menos de 0,1% das emissões planetárias, o Quénia está a sofrer mais intensamente os efeitos do aquecimento global do que os países ricos, que são esmagadoramente responsáveis. As recentes inundações em Kisumu e na região circundante mataram centenas de pessoas e deslocaram milhares de outras. A força e a gravidade das inundações não têm precedentes e os habitantes locais esperam mais nas próximas semanas.

Para além de apelarem à recuperação do Lago Vitória, os Campeões Ambientais de Kisumu querem que o seu governo assine o Tratado Internacional de não Proliferação de Combustíveis Fósseis e subscreva um tratado juridicamente vinculativo sobre a poluição por plásticos.

A aliança de activistas do grupo está a planear muitas mais acções, incluindo um acampamento climático, uma campanha de transportes sustentáveis e a projeção do filme Shifting Power realizado pela organização Don't Gas Africa. Estes jovens activistas sabem que o seu futuro está em jogo e estão a fazer tudo o que podem para promover o cuidado e o respeito pelo mundo vivo do qual todos dependemos.

Segue os Campeões Ambientais de Kisumu no Facebook


Reportagem Especial

6 vitórias em Abril para nos inspirar

8-24 ABRIL | Global

Vitórias na Suíça, França, Índia, Equador, Reino Unido e Suécia.

Há qualquer coisa de especial no mês de Abril. Há cinco anos, a Rebelião de Abril em Londres viu a XR passar de grupo marginal a fenómeno de protesto global. E este ano, abril viu os rebeldes e os seus aliados conquistarem uma série de vitórias poderosas em todo o mundo. Aqui estão seis das melhores para te lembrar que o activismo pacífico é realmente a resposta...

ABRIL 8 | Suíça: Seguradora Zurich abandona petróleo e gás Na Edição 86 cobrimos a campanha Insure Our Future, que viu acções em 31 países contra grandes empresas de seguros que apoiam projectos de combustíveis fósseis. A XR UK teve uma reunião com o CEO da Zurich, a sexta maior seguradora de combustíveis fósseis do mundo, e semanas mais tarde, a empresa anunciou que iria deixar de subscrever novos projectos de combustíveis fósseis. Na reunião geral anual da empresa, os manifestantes lembraram musicalmente à Zurich que "nós vamos estar de olho em vocês."

ABRIL 9 | França: Tribunal Europeu Decide que a Inacção Climática é Ilegal
As activistas da KlimaSeniorinnen (Mulheres Séniores para a Proteção do Clima) ganharam um processo histórico no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem. As mulheres suíças argumentaram que as ondas de calor estavam a arruinar a sua saúde e a restringir as suas vidas, e o Tribunal concordou, decidindo que a inacção do seu governo em relação ao aquecimento global estava a violar os seus direitos humanos. A decisão significa que 46 países da Europa poderão agora ser alvo de acções judiciais semelhantes devido à sua própria negligência em relação à crise climática. Para saberes mais, consulta o podcast em Leituras Obrigatórias.

10 ABRIL | Índia: Aldeões bloqueiam enorme mina de carvão da Adani
Uma enorme proposta de mina de carvão foi devolvida à procedência depois de os aldeões indianos terem ganho o seu processo contra o gigante do carvão Adani Group no Supremo Tribunal de Odisha. O tribunal considerou que a Adani e o Governo indiano não consultaram devidamente a população local sobre os impactos da mega-mina de Bijahan. As reuniões com os habitantes das aldeias duraram apenas um dia, apesar de a mina ameaçar as suas casas, terras e meios de subsistência. Dias mais tarde, cientistas e jovens activistas no Reino Unido ocuparam um museu de ciência para protestar contra o seu patrocínio pela Adani.

21 de ABRIL | Equador: O Povo Diz Não (Novamente) Aos Tribunais Corporativos
O povo do Equador votou enfaticamente para manter um artigo da sua Constituição que impede as empresas globais de processarem o seu governo quando as leis desafiam os seus interesses. A Resolução de Litígios entre Investidores e Estados (ISDS) é um mecanismo legal complicado utilizado pelas Grandes Petrolíferas para penalizar os países que aprovam políticas climáticas progressistas. Em 2012, um tribunal ISDS ordenou ao Equador que pagasse a uma companhia petrolífera americana 1,5 mil milhões de dólares de indemnização, 135% do seu orçamento anual para a saúde. Apesar dos melhores esforços da actual administração amiga dos oligarcas, o Equador continua a ser um exemplo brilhante de como os países podem sair desta farsa de arbitragem destinada a levá-los à falência por fazerem frente às corporações ecocidas.

22 DE ABRIL | UK: Rebelde com cartaz desafia juiz
No ano passado, uma rebelde segurou um cartaz em silêncio à porta de um tribunal. O cartaz recordava aos jurados que tinham o direito legal de declarar as pessoas inocentes. Fê-lo depois de assistir a um julgamento em que os arguidos eco-activistas foram proibidos pelo juiz de mencionar as alterações climáticas e sujeitos a outras medidas repressivas destinadas a impedir que os jurados simpatizassem com eles. No dia seguinte, o juiz mandou algemá-la, prendê-la e investigá-la por uma equipa de advogados do governo por desrespeito ao tribunal. Após quase um ano, e centenas de activistas com cartazes semelhantes em solidariedade, o caso foi arquivado em tribunal e a rebelde, uma assistente social reformada, está em liberdade.

24 DE ABRIL | Suécia: Restore Wetlands declara que o trabalho está feito!
Numa conferência de imprensa à porta do parlamento sueco, os activistas da Restore Wetlands anunciaram que iam sair da autoestrada e guardar a cola. Porquê? Porque, após dois anos a bloquear estradas, a chamar a atenção dos meios de comunicação social e a desencadear debates, 75% da população sueca considera importante restaurar as zonas húmidas do país e todos os partidos políticos se comprometeram a fazê-lo, tendo mesmo o governo feito disso uma questão prioritária. As vitórias raramente são tão doces ou totais como esta, e os activistas voltam agora a sua atenção para a indústria ecocida da turfa.


Resumo de Acções

4 DE ABRIL | Belgrado, Sérvia: Comida natural saudável ou água tóxica com lítio? Era esta a escolha que os rebeldes ofereciam à porta do Ministério das Minas e Energia durante a AGM em Londres da Rio Tinto. A empresa mineira está a planear abrir uma mega-mina de lítio na Sérvia e as águas subterrâneas do país estão em risco.

9 DE ABRIL | Budapeste, Hungria: Rebeldes manifestam-se em frente ao Hotel Marriott, onde decorre a conferência da Cimeira do Gás Natural Liquefeito (GNL) de Budapeste. Os rebeldes apelaram ao seu governo que proibisse novos projetos de combustíveis fósseis. Foto: Boglárka Nagy

9 DE ABRIL | Toronto, Canadá: Nove activistas climáticos da Faith and Climate Action são detidos e multados por invasão de propriedade depois de formarem um círculo de oração no interior de uma sucursal do Royal Bank of Canada. O RBC está a financiar o Gasoduto Coastal GasLink, que está a invadir terras não cedidas dos Wet'suwet'en, e é o quinto maior financiador de projetos de combustíveis fósseis do mundo.

13 ABR | Jinja, Uganda: XR Uganda Great Lakes colabora com escolas de aldeias no sul para restaurar o ambiente local e plantar árvores. Dias depois, os protestos de famílias no distrito ocidental de Buliisa foram interrompidos pela polícia. As famílias enfrentam o despejo para dar lugar ao projeto petrolífero Tilenga da TotalEnergies, tendo-lhes sido oferecida uma compensação inadequada por uma empresa que vale 170 mil milhões de dólares.

20 DE ABRIL | Bath & Adelaide, Reino Unido & Austrália: Os funerais da natureza realizam-se em extremos opostos do planeta. Centenas de Red Rebels atraem grandes multidões ao liderarem marchas solenes pelos centros das cidades para lamentar a imensa e contínua perda de biodiversidade em todo o mundo.

20 DE ABRIL | Boston, EUA: XR Boston resiste à expansão planeada do aeródromo de Hanscom, que aumentaria os voos de jatos privados em 300% e anularia os benefícios climáticos de todos os painéis solares alguma vez instalados no estado de Massachusetts. Dois dias depois, 300 rebeldes ocuparam a Seaport Bridge e exigiram que o seu Governador proibisse todas as novas infra-estruturas de combustíveis fósseis.

20 DE ABRIL | Barcelona, Espanha: Rebeldes azuis conduzem uma procissão espiritual por uma zona antiga da cidade para denunciar a má gestão da seca histórica que está a devastar a Catalunha. A região está sujeita a restrições hídricas de emergência desde fevereiro.

22 DE ABRIL | Global: Realizam-se acções do Dia da Terra em todo o mundo. Na Suécia, 1500 ativistas da Mothers Rebellion combinam lenços de malha e enrolam o mega-lenço de 4,3 km à volta do edifício do Parlamento. No Ruanda, os activistas plantam bambu ao longo do rio Miguramo para impedir a inundação das terras agrícolas locais. Na RDC, os rebeldes visitam um campo de refugiados no leste do país e plantam árvores. Na América, os rebeldes organizam uma gala sobre o clima na capital e fazem do presidente da câmara o convidado de honra (ele não apareceu).

26-30 DE ABRIL | Estocolmo, Suécia: Rebeldes participam em cinco dias de rebelião "Casa em Chamas" na capital sueca. Bloquearam o sector financeiro da cidade, ocuparam os escritórios da Stora Enso devido ao seu ecocídio florestal no Uruguai e no Brasil, despiram-se à porta da H&M e perturbaram um aeroporto.

27 DE ABRIL - Turim, Itália: 150 rebeldes ocupam o arranha-céus do maior banco italiano, o Intesa Sanpaolo, devido ao seu vasto financiamento de projetos de combustíveis fósseis. Os rebeldes escalaram o exterior do edifício, ocuparam o seu átrio e acorrentaram-se à sua entrada. 60 pessoas foram presas. A acção dos rebeldes foi apenas uma de muitas na cidade que acolheu uma reunião do G7 sobre clima, energia e ambiente.

27 DE ABRIL | Goma, RDC: XR Rutshuru recolhe resíduos de plástico ao longo das margens do Lago Kivu. Um estudo recente mostrou que a indústria do plástico liberta quatro vezes mais gases com efeito de estufa do que a indústria aeronáutica. No início do mês, os rebeldes marcharam pela cidade e apelaram ao governo congolês para que suspendesse imediatamente todas as novas extracções de petróleo e gás no país.


Leituras Obrigatórias, Visualizações, Escutas

Activistas ecológicos suíços depois de ganharem um processo judicial histórico da UE contra o seu governo.

Artigo: If We Burn - Learning From The Mass Protest Decade
O jornalista e escritor americano Vincent Bevins discute o seu célebre livro "If We Burn", que investiga a razão pela qual tantos movimentos recentes de protesto em massa prometeram tanto mas resultaram em fracasso. O autor explica porque é que a XR não aparece no livro, as lições que o nosso movimento pode aprender com os seus estudos de caso, e como os acampamentos de estudantes em apoio de Gaza na América mostram que os movimentos de protesto estão a aprender com os fracassos do passado. A entrevista também está disponível em formato podcast.

Podcast: Como as mulheres suíças ganharam um caso histórico sobre o clima (26 mins)
Uma activista da KlimaSeniorinnen explica como o seu grupo de activistas climáticos idosos ganhou o processo contra o governo suíço no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, enquanto um jornalista climático explica o que a vitória significa para casos futuros.

Vídeo: A Luta contra o Extrativismo Mineiro no Panamá (78 mins)
Cobrimos a incrível rebelião em massa do povo do Panamá contra a indústria mineira no ano passado na Edição 83. Agora, a Scientist Rebellion fala sobre o movimento com dois dos seus líderes e explora as lições que foram aprendidas. A entrevista está em espanhol - utiliza as legendas do YouTube para traduzir para outras línguas.

Artigo: A Ocean Spray emite mais PFAS do que a indústria
A campanha da XR France contra a Arkema, produtora de PFAS, significa que os perigos destes "químicos eternos" foram apresentados neste boletim informativo. Agora, uma nova investigação descobriu que estes compostos cancerígenos, depois de terem sido lixiviados para os nossos oceanos, estão a ser pulverizados de novo sobre as nossas costas em concentrações elevadas devido ao efeito de aerossol das ondas do mar. Como a alcunha sugere, poluirão estas costas para sempre.


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Ajuda a XR África a expulsar os poluidores!

Faz uma doação antes de 15 de Maio

O colonialismo vai estar bem vivo na Cimeira das Energias de África, em Londres. A disputa pelos recursos de África já dura há mais de 150 anos. Agora tem de acabar!

No dia 15 de Maio, o dia da cimeira, o XR Reino Unido vai juntar-se a 6 grupos africanos, XR Uganda, XR Ruanda, XR Sudão, XR Serra Leoa, XR RDC e XR África do Sul, para lançar uma enorme campanha de um mês para acabar com a exploração de África pelas Grandes Petrolíferas.

Eles não podem fazer isto sozinhos. Ajuda os nossos rebeldes africanos a pagar os materiais de acção e outras despesas.

Apenas uma dessas acções, a campanha da XR Rwanda para travar a EACOP e os leilões de turfeiras da DRC, precisará de 1200 libras para cobrir materiais, transporte e alojamento.

Rebela-te com a tua carteira! Ajuda a travar a corrida para África com um donativo agora!

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Participa na campanha "Liquidação Total"!

24 DE MAIO | Global

A TotalEnergies acaba de anunciar lucros recorde de 21,4 mil milhões de euros para 2023, enquanto as faturas de energia continuam a aumentar. O gigante do petróleo e do gás está a destruir a vida e a violar impunemente os direitos humanos em todo o mundo.

A equipa da Liquidation Total vai lançar uma ação em Paris no dia 24 de maio, e queremos que se torne global! Apelamos aos cidadãos de todo o mundo para que se oponham à TotalEnergies e aos seus acionistas!

Lançámos um kit de comunicação para grupos não franceses. Contém tudo o que precisas para comunicar a acção e mobilizar as pessoas (incluindo folhetos, vídeos, mensagens, informações sobre a acção e muito mais).

Vemo-nos nas ruas!


Rebeldes do Reino Unido! Parem o Ecocídio na Colômbia e no Peru!

Escreve agora!

Grupos XR na Colômbia (em cima), na Argentina (à esquerda) e no Peru (à direita)

A XR ABYA-YALA, uma aliança de grupos rebeldes da Argentina, Colômbia, Equador e Peru, bem como a ABColombia, apelam aos rebeldes residentes no Reino Unido para que pressionem os seus deputados a assinarem uma Early Day Motion que será apresentada ao Parlamento britânico este ano.

Se for aprovada, esta legislação irá restringir as práticas ecocidas de empresas extrativas registadas no Reino Unido, como a Glencore, que explora minas na Colômbia e no Peru que contaminam a água, destroem a biodiversidade e ameaçam as populações indígenas.

Além disso, a legislação impedirá que empresas como a Glencore exijam milhões de dólares de indemnização aos governos da Colômbia e do Peru por protegerem os direitos dos seus povos indígenas.

Escreve ao teu deputado utilizando este modelo. Pede-lhes que assinem a Early Day Motion 136.


Obrigado

15 DE ABRIL 2019 | Londres, Reino Unido: Um barco cor-de-rosa de alguma forma navega em Oxford Circus, um dos cinco locais que os rebeldes ocupam simultaneamente na cidade, lançando uma rebelião que durará 10 dias e transformará a Extinction Rebellion num fenómeno global. Para este escritor, a vida nunca mais seria a mesma.

Obrigado pela leitura, rebelde. Se tiveres alguma questão ou comentário, queremos ouvir-te. Entra em contacto connosco em [email protected].


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Sobre a Rebellion

Extinction Rebellion é um movimento descentralizado, internacional e politicamente não-partidário que usa a ação direta não-violenta e a desobediência civil para persuadir os governos a agir de forma justa em relação à Emergência Climática e Ecológica. O nosso movimento é feito de pessoas de todos os sectores da sociedade, contribuindo de formas diferentes com o tempo e a energia que podem dedicar. Temos um ramo local muito perto de ti, e adoravamos ter notícias tuas. Participa …or considera fazer uma doação.